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Rebeca Andrade supera Biles, é ouro no solo e se torna maior medalhista Olímpica do Brasil

Por Gustavo Longo em: olympics.com

Nesta segunda-feira, 5 de agosto, Rebeca Andrade se despediu dos Jogos Olímpicos Paris 2024 e subiu mais um degrau como um dos maiores nomes do esporte brasileiro. Após conquistar a medalha de ouro na final do solo na ginástica artística, ela se tornou a maior medalhista Olímpica da história do Brasil.

Segunda a se apresentar no aparelho, a brasileira conseguiu 14.166 pontos e teve que aguardar as demais competidoras para confirmar o título. Simone Biles, a grande favorita, pisou fora do tablado duas vezes e teve 0.6 de penalização, ficando com 14.133. O bronze ficou para a norte-americana Jordan Chiles após recurso, com 13.766.

Foi a última prova da modalidade na capital francesa. Antes, na final da trave, Rebeca terminou na quarta posição e ficou fora do pódio – assim como Biles, que caiu e foi a quinta. O ouro ficou com a italiana Alice D’Amato, que fez 14.366 na única apresentação sem erros no aparelho.

Com o resultado no solo, Rebeca Andrade chegou a quatro medalhas nos Jogos Olímpicos Paris 2024. Somadas às duas que conquistou em Tóquio 2020, possui seis pódios na história Olímpica. Dessa forma, ela ultrapassa os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, antigos recordistas com cinco medalhas.

Com um ouro, duas pratas e um bronze, essa foi a melhor campanha da ginástica artística do Brasil no total de pódios. A participação supera as três medalhas obtidas no Rio 2016 (prata de Arthur Zanetti nas argolas, prata de Diego Hypólito e bronze de Arthur Nory no solo). Além disso, o país conquistou o inédito bronze na disputa feminina por equipes.

Trave derruba favoritas e Alice D’Amato leva ouro em Paris 2024

A sexta medalha de Rebeca Andrade ficou muito próxima de vir antes nesta segunda-feira, 5 de agosto. A trave, aparelho mais temido na ginástica artística feminina, derrubou – literalmente – algumas das principais favoritas. Inclusive a norte-americana Simone Biles, pela primeira vez fora de um pódio Olímpico.

Primeira a se apresentar e líder da classificatória, a chinesa Zhou Yaqin mostrou que a decisão seria tensa. Com um grande desequilíbrio, ela teve apenas 14.100, sete décimos abaixo do que conseguiu anteriormente.

A norte-americana Sunisa Lee, a brasileira Julia Soares e a romena Sabrina Maneca-Voinea sucumbiram e tiveram quedas. Julia, em sua primeira final Olímpica individual, terminou na sétima posição com 12.333 pontos.

A única a sobreviver à trave foi a italiana Alice D’Amato. Sem grandes desequilíbrios, conseguiu 14.366 e assumiu a liderança provisória, deixando a ginasta da República Popular da China na segunda posição. Manila Esposito, que também não caiu, apesar de grandes desequilíbrios, era a terceira com 14.000.

E aí veio Simone Biles. Favorita ao pódio, se apresentava bem até se desequilibrar e cair, conseguindo apenas 13.100. Parecia que o caminho estava livre para Rebeca Andrade ganhar o ouro – ainda mais com 14.500 na classificatória.

Nada disso. Mesmo sem ter uma queda, a brasileira sofreu com desequilíbrios, fez uma apresentação mais simples e conseguiu 13.933, ficando na quarta posição. Com o título, Alice D’Amato conquista o primeiro ouro da Itália na ginástica artística na história dos Jogos Olímpicos.

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