Moradora de Fortaleza, de 12 anos, dá nome a asteroide reconhecido pela União Astronômica Internacional

Moradora de Fortaleza, de 12 anos, dá nome a asteroide reconhecido pela União Astronômica Internacional

Nicolinha recebe honraria da IAU(União Astronômica Internacional) por suas realizações como divulgadora científica e destaca papel da estimulação cognitiva em suas conquistas

Nicole Semião, a Nicolinha, de 12 anos,  agora dá nome a um asteroide, trata-se do 292352 Nicolinha (2006 SU218). Essa é uma iniciativa da IAU (União Astronômica Internacional) e o nome da menina foi sugerido pelo IASC ( International Astronomical Search Collaboration), um programa em parceria com a NASA e pelo programa Caça – Asteroides, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação,  que tem por objetivo envolver cidadãos, especialmente estudantes, em projetos de astronomia, permitindo que eles participem da descoberta e identificação de asteroides.

A honraria veio em reconhecimento à atuação de Nicolinha como divulgadora científica, que vem tendo destaque no mundo inteiro. Moradora de Fortaleza – CE, recentemente, a menina representou o Brasil – pela segunda vez – no Global Child Prodigy Awards 2025! @GCPAwards, em Londres.  A premiação reconhece 100 crianças extraordinárias de até 15 anos, do mundo inteiro, por seus talentos em ciência, arte, música, esportes, escrita, empreendedorismo e outros. Nicolinha foi premiada na categoria Ciência Espacial e Astronomia.

“Estou muito feliz e honrada por ter sido homenageada pela União Astronômica Internacional com um asteroide que leva o meu nome. Fiquei profundamente emocionada, especialmente, por saber que agora meu nome está eternizado no universo”, comemora.

A história de Nicolinha com os astros começou ainda na primeira infância. Aos dois anos ela pediu uma estrela de presente, e, aos quatro anos trocou presentes e festas de aniversário para ganhar um telescópio, diante da impossibilidade, ganhou um telescópio apenas aos 7 anos. A partir daí, não parou mais de observar o céu, as estrelas e os planetas. Quando aprendeu a ler e escrever, iniciou as pesquisas sobre astronomia e decidiu que não queria guardar o conhecimento para si.

“Ela criou um projeto social para compartilhar mais desses interesses com outras crianças. Leva o telescópio para as praças para fazer observação coletiva, hoje ela leva o projeto a escolas e instituições, dá cursos, palestras e oficinas contando com a ajuda de professores”, orgulha-se a mãe, Zilma Semião. Ao todo 180 crianças são atendidas por ano.

Do projeto social vieram olimpíadas, concursos, muitas medalhas e troféus e publicações. Nicolinha é a astrônoma mais jovem do mundo e também está entre os mais jovem a detectar asteroides. 

Treino para o cérebro é segredo do sucesso

Para dar conta do ritmo acelerado de pesquisa e divulgação científica, Nicolinha precisa estar com o cérebro afiado, para isso, ela conta com um treinamento específico. Ela faz aulas semanais de estimulação cognitiva e, de acordo com Zilma, os resultados são visíveis.

“Apesar do interesse em transmitir conhecimento, Nicolinha sempre foi muito envergonhada, falava baixo, com a cabeça baixa. As aulas deram mais segurança para ela socializar, falar com mais objetividade”.

A pequena astrônoma corrobora a fala da mãe: “a equipe me ajudou a fazer novas amizades, me deixou mais tranquila para falar com outras pessoas e me expressar melhor e também me ajudou a interpretar melhor os textos”, comenta. Para a mãe, as aulas foram fundamentais para que ela ganhasse os prêmios. “Esse incentivo foi fundamental para alimentar a cadeia de oportunidades dela, que foi ganhando outros prêmios, como o ouro na OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia) deste ano, por exemplo”.

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