Lançamento do Longa “Verbo Ser” é realizado no próximo dia 22 de maio no CCBNB Cariri, em Juazeiro do Norte

Fotos: Pâmela Queiroz

Documentário de Nívia Uchôa retrata a violência de gênero contra mulheres cis e trans no Cariri, reunindo depoimentos e registros históricos

No próximo dia 22 de maio, às 14h, o Auditório do Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) Cariri, em Juazeiro do Norte, receberá o lançamento do documentário “Verbo Ser”. Dirigido pela fotógrafa e cineasta Nívia Uchôa, a produção aborda a violência contra mulheres cis e trans na região do Cariri, explorando a cultura machista, misógina, feminicídios e opressões.

Natural de Aracati e residente no Crato, Nívia Uchôa é fotógrafa, curadora e fundadora da produtora Poesia da Luz. Licenciada em Geografia pela Universidade Regional do Cariri (URCA), possui uma trajetória nas artes visuais, no audiovisual e na educação. Atuou como fotógrafa da assessoria de imprensa do Governo do Ceará entre 2016 e 2023, e também lecionou como professora universitária nas áreas de fotografia, cinema e artes visuais.

Lançamento do Longa Verbo Ser é realizado no próximo dia 22 de maio no CCBNB Cariri, em Juazeiro do Norte

Com um histórico consistente de militância e produção artística engajada, Uchôa dirigiu, roteirizou e fotografou diversos filmes, incluindo os longas “Verbo Ser” e “Tocar o Tempo”. Em “Verbo Ser”, ela dá voz a mulheres que enfrentam a violência de gênero, especialmente em uma região marcada por índices alarmantes. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Ceará tem o segundo maior número de feminicídios do país.

O filme, construído a partir de imagens de arquivo, depoimentos e registros históricos, propõe uma reflexão profunda sobre a violência contra a mulher na região do Cariri. O projeto começou a ser desenvolvido em 2016, mas a pesquisa em 2009, a partir de registros feitos durante manifestações no Dia Internacional da Mulher e no Dia da Consciência Negra. Só em 2022, foram concedidas cerca de 1.735 medidas protetivas para mulheres no Cariri, um dado que evidencia a urgência da pauta.

“Verbo Ser” conta com depoimentos de ativistas, jornalistas, escritoras, vítimas e integrantes de movimentos sociais da região, como Zuleide Queiroz, Verônica Isidório, Valéria Carvalho, Verônica Carvalho, Maria Raiane, Brendha Vlazack, Mércia Carla, Célia Rodrigues, Mara Guedes e Cláudia Rejane.

O documentário que reflete diferentes dimensões da violência de gênero. Primeiro aborda a misoginia e os corpos femininos marcados pela violência patriarcal. Depois discute a objetificação da mulher e a sua mercantilização social. E por fim, traz a aurora da resistência, dando voz à liberdade e à luta.

Com uma linguagem poética e estética refinada, “Verbo Ser” é mais que um documentário — é um manifesto visual e político contra o silêncio, o patriarcado, a misoginia, o machismo e a impunidade.

Para mais informações acompanhe o instagram do filme @verboserofilme

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