Conta do Instagram de Hytalo Santos está bloqueada e inquérito aberto pelo Ministério Público da Paraíba para investigações sobre as denúncias
O influenciador digital Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, publicou um vídeo em suas redes, com acusações contra o influenciador Hytalo Santos, que nesta quinta-feira, 7, teve suas redes sociais bloqueadas por meio de investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que está apurando as mesmas denúncias feitas pelo influenciador Felca ao Hytalo, de que ele estava explorando menores de forma a sexualizar crianças e adolescentes, por meio de conteúdos publicados na internet.
Felca mencionou que as práticas de Hytalo na divulgação e exposição desses menores é “nefasta” e um “circo macabro”. A denúncia gerou repercussão entre os seguidores de Hytalo e outros influencers.
Uma das falas de Felca sobre o caso diz que “Olha que ideia super interessante o Hytalo teve: que tal pegar um monte de criança e adolescente no auge da puberdade e botar todo mundo numa espécie de reality show com bagunça e putaria, jogar pro Brasil inteiro e tirar uma grana?”, esse é um dos trechos da fala de Felipe Bressanim, o Felca em seu vídeo.
Quem é Felca?
Felipe Bressanim Pereira, nasceu em Londrina, Paraná, mas atualmente mora em São Paulo. Também é influenciador com cerca de 20 milhões de seguidores entre Youtube, TikTok e Instagram.
Felca fez carreira na internet por meio da transmissão de jogos eletrônicos, em 2012. Com o tempo começou a criar conteúdos de humor e fazer comentários sobre diversos assuntos. Um deles foi um vídeo que publicou em 2023, intitulado “Testei a base da Virgínia”, uma paródia sobre um coméstico da influenciadora Virgínia Fonseca, produto que estava sendo criticado por supostos problemas de qualidade.
Felca também está sendo criticado em um vídeo mais recente seu sobre adultização, em que seguiu diversos perfis de menores de idade com sua conta principal, o que gerou polêmica. Ele foi acusado na plataforma X de ser pedófilo pela ação.
Felca, disse ao final do vídeo que irá processar as pessoas que o acusaram, a menos que elas doem R$ 250 reais para uma instituição de proteção à infância e combate à exploração infantil.
Caso Hytalo Santos
O caso da desativação do perfil de Hytalo Santos e de outra influenciadora também da turma do acusado, Kamylinha, gerou um debate nas redes sociais. Os dois influencers foram pegos de surpresa por já estarem com milhões de fãs e seguidores em suas redes, Hytalo com cerca de 11 milhões de seguidores, e Kamylinha com mais 17 milhões.
A polêmica ganhou ainda mais repercussão após a denúncia de Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, que publicou um vídeo falando sobre o caso e apontaram a adultização e sexualização desses menores por Hytalo, em vídeos divulgados em suas redes.
Os principais pontos referentes ao caso são:
-Investigação em andamento: O MPPB apura possíveis crimes de exploração infantil desde dezembro de 2024.
-Denúncias de influenciadores: Felca acusou Hytalo de criar conteúdos voltados a públicos inadequados.
-Repercussão nas redes: Posts no X mostram indignação de usuários e apoio às denúncias.
-Bloqueio judicial: A suspensão foi ordenada após falhas na atualização das contas, segundo Hytalo.
Nas redes sociais a bancada da internet julgou o caso, e houveram comentários apoiando a ação do Ministério Público e defendendo a proteção dos menores de idade citados nos vídeos de Hytalo.
O acusado Hytalo Santos, se manifestou em outras plataformas, dizendo que a suspensão da sua conta na rede social ocorreu por uma falha técnica, em virtude de uma atualização do aplicativo, pedido pela plataforma. O acusado disse já ter acionado sua assessoria jurídica e que brevemente espera que a situação seja revertida e esclarecida.
Kamylinha, por sua vez, não se pronunciou sobre as acusações. A jovem começou a aparecer nos vídeos do influenciador Hytalo Santos, aos 12 anos. Ela é uma figura central na Turma do Hytalo, grupo composto por adolescentes, os quais o influenciador chama de “filhos adotivos”. A relação de Hytalo com os jovens inclui a emancipação de alguns deles, como a própria Kamylinha, aos 16 anos.
Quem é Hytalo Santos?
Natural de Cajazeiras, na Paraíba, Hytalo ganhou fama com seus vídeos de braga funk e humor na internet, conseguindo conquistar milhares de seguidores. Sua trajetória é marcada por polêmicas. Em 2020, o influenciador já tinha enfrentado a desativação de uma conta do seu Instagram, com 580 mil seguidores, depois de denúncias. Na época, o mesmo falou que “a cultura do cancelamento” o prejudicou, mas conseguiu retomar sua presença digital.
As atuais denúncias sobre o caso são mais graves, vem de dezembro de 2024, em que o Ministério Público da Paraíba (MPPB) já estava investigando após uma denúncia anônima, a exploração de menores nos vídeos do criador de conteúdo com danças sugestivas. Além de Felca, a influenciadora, Izabellly Vidal também reforçou as acusações a conduta de Hytalo Santos, apontando-o como incentivador de comportamentos inadequados entre os jovens da sua turma. Kamylinha, segundo Felca, era exposta de propósito, para atrais visualizações nas redes.
-Denúncias de Felca: O influenciador, com 13 milhões de seguidores, criticou o “circo macabro” de Hytalo, apontando a sexualização de adolescentes.
-Investigação do MPPB: O órgão ouviu responsáveis e jovens da Turma do Hytalo para apurar as denúncias.
-Conteúdo questionado: Vídeos com bebidas alcoólicas e danças sensuais envolvendo menores foram destacados como problemáticos.
-Repercussão pública: A hashtag #HytaloSantos foi usada em milhares de posts no X, com opiniões divididas.
Impacto do caso na Turma do Hytalo
A turma do influenciador é formada por Kamylinha, Andyn e Danny Moaraes, conhecida por produzir vídeos que viralizam mas também, por atrair polêmicas. A emancipação de Kamylinha aos 16 anos, que ganhou autonomia com o apoio de Hytalo, levantou questões preocupantes sobre a influência do acusado sobre esses jovens. Muitos dos que compõem a turma, vem de contextos de vulnerabilidade e recebiam ajuda financeira do criador de conteúdo, o que gerou debates sobre dependência e manipulação.
A suspensão das contas de Kamylinha e Hytalo pelo Ministério Público pode impactar a visibilidade da turma do Hytalo. Kamylinha enfrentou polêmicas recentes depois do anúncio da sua gravidez em 2025 e perda do bebê, o que gerou ainda mais comentários sobre a relação com Hytalo e seu irmão, Hyago Santos.
Legalmente o MPPB confirmou que a investigação do caso Hytalo Santos segue em curso com inquérito policial aberto para apuração dos crimes. Os jovens da turma estão sendo ouvidos pela promotoria. Um dos pontos investigados é a omissão dos pais na proteção desses adolescentes, já que muitos dos responsáveis autorizavam a participação das crianças neles.
Hytalo nega as acusações e afirma sempre teve os consentimentos dos familiares dos adolescentes. E reafirma que a suspensão da sua conta do Instagram, foi apenas um erro técnico da própria plataforma e que irá recuperar seu perfil. Porém, o acusado está tendo cada vez mais dificuldades de provar sua inocência, já que as denúncias de outros influenciadores, ganham cada vez mais força na internet.
A discussão diante do caso gerou o debate sobre a responsabilidade do que é publicado nas redes sociais. Organizações de proteção à infância defendem regras mais rígidas nas plataformas como Instagram, que segundos especialistas, falham ao monitorar conteúdos potencialmente prejudiciais.
A emancipação de alguns dos jovens também é vista como uma forma de burlar as restrições legais e permitir maior controle, como acontece com o Hytalo.
Com a suspensão das redes, os influenciadores ficam prejudicados porque dependem de engajamento e visualizações para serem relevantes. Para Kamylinha, o bloqueio da sua conta, pode significar uma pausa na carreira da jovem como influencer. Aguardamos novos desdobramentos do caso a partir das investigações.
Dalila da Silva
Jornalista graduada pela UFCA/CE, Produtora Audiovisual, Redatora e Revisora Textual.
Um pensamento sobre “Influenciador Hytalo Santos foi denunciado por acusações de Felca, de adultização e sexualização de adolescentes em vídeos virais para benefício financeiro próprio”
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