Espetáculo Casa de Folhas celebra aniversário do Maracatu Uinu Erê

Espetáculo “Casa de Folhas” celebra aniversário do Maracatu Uinu Erê com programação especial no Crato

Foto: Hélio Filho

Neste sábado, 10 de maio, a partir das 18h, o Ponto de Cultura Carrapato Cultural, localizado na Av. Hermes Paraíba, nº 28 – Rua São Pedro, em Crato, será palco de uma celebração potente da cultura popular caririense.

O espetáculo “Casa de Folhas”, com produção da Nós Cultural e realização do Coletivo Avessos de Teatro, marca o aniversário do Maracatu Uinu Erê com uma programação que vai além da cena teatral: haverá exibição de minidocumentário, roda de coco e conversa com o elenco.

O evento integra a programação do mês de maio do Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB Cariri), fortalecendo o calendário de ações culturais no interior do Ceará e valorizando os saberes tradicionais.

“Casa de Folhas” é fruto de um processo artístico e investigativo iniciado com o projeto de pesquisa “Corpo Social que Transcende: Criação Cênica a partir da Corporeidade Feminina das Catadoras de Pequi do Cariri Cearense”, idealizado pela artista Faeina Jorge em parceria com Andecieli Martins, e com a colaboração de Mestra Maria de Tiê, reconhecida como Tesouro Vivo da Cultura Cearense. A obra é resultado de uma imersão de sete meses no Quilombo de Souza, em Porteiras, onde as artistas vivenciaram e documentaram o cotidiano de mulheres quilombolas catadoras de pequi.

A proposta do espetáculo é transportar o público para dentro do quilombo por meio de uma experiência sensorial: o cheiro do pequi, a roda de coco, a arena circular que convida à partilha e a acessibilidade que contempla pessoas com deficiência visual e auditiva, tudo construído em diálogo com práticas ancestrais e saberes femininos.

Além da apresentação cênica, o público poderá assistir ao minidoc “Casa de Folhas”, participar da roda de coco com Mestra Maria de Tiê e dialogar com o elenco em uma roda de conversa sobre o processo criativo e as vivências no quilombo.

O espetáculo se firma como uma homenagem às mulheres negras e quilombolas do Cariri, à ancestralidade e ao território, reunindo arte, memória e resistência em um só momento de celebração.

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